Como o Lactato Influencia no Rendimento?
- vladsa15
- 5 de jan. de 2015
- 2 min de leitura
Lactato é produzido pelo organismo após a queima da glicose (glicólise), para o fornecimento de energia.
Muitos corredores e atletas de várias modalidades culpam o lactato pelo cansaço e pela queda no desempenho durante um treino ou uma prova de maior intensidade.
De uma forma bem simplista, pode-se dizer que, tanto em repouso como em exercício, o corpo humano produz e também reaproveita o lactato.
O lactato não pode ser considerado um “vilão” já que o corpo também o utiliza como fonte energética, principalmente o coração, no entanto, quantidade excessiva de lactato circulando no corpo pode trazer desconforto e limitações de rendimento, principalmente considerando a recuperação.
Durante o esforço físico de alta intensidade, o corpo passa a ficar sobrecarregado e não consegue realizar esse processo de neutralizar e reaproveitar a substância. Dessa forma, passa a acumular esse lactato na corrente sanguínea. Técnicos e atletas devem aprender a lidar com o lactato de forma eficaz.
Programas de treinamento podem ser elaborados para reduzir a produção e aumentar a eliminação. Isso geralmente é conseguido através de uma combinação de treinamentos de alta intensidade com treinamentos prolongados submáximos.
Importante considerar que tanto a formação como a rapidez na eliminação do lactato são funções diretas da velocidade metabólica do indivíduo.
O treinamento de alta intensidade irá maximizar as adaptações necessárias para aumentar a utilização de oxigênio (VO2 max.). Esse tipo de treinamento é importante, pois quanto maior for a liberação de oxigênio nos músculos, menor será a dependência da quebra de carboidratos em lactato. Além disso, o aumento da capacidade circulatória irá acelerar sua eliminação através dos tecidos.
O treinamento prolongado submáximo tem a vantagem de induzir as adaptações periféricas (musculares), que por sua vez reduzirão a velocidade de formação do lactato, além de aumentar sua velocidade de eliminação.
Treinamentos que envolvem corrida, natação ou ciclismo por muitos quilômetros parecem causar um aumento máximo na capilaridade e na capacidade funcional do músculo esquelético.
Em termos nutricionais, a alimentação de um atleta em treinamento extenuante que consome as reservas de glicogênio e fica exposto aos riscos de desbalanceamento sistemático do lactato, deve dar prioridade aos carboidratos.
Como podemos perceber, trabalhar com intensidades é uma ciência, não é algo que pode ser feito no “chute”. Quando sabemos avaliar, prescrever e aplicar atividades respeitando as características metabólicas individuais correlacionando-as aos objetivos, chegamos próximo do treino ideal.
Saber trabalhar com o lactato pode ser o diferencial que fará com que o atleta seja bem sucedido em relação aos demais.
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Prof. VLADIMIR SANTOS (Personal Trainer e Fisiologista do Exercício)
Pós-graduações: USP (Treinamento Esportivo), UNIFESP-Escola Paulista de Medicina (Fisiologia do Exercício), Créditos do Mestrado obtidos pela Cardiologia UNIFESP, Experiência profissional University of California Santa Barbara, University of Wisconsin Whitewater, University of Northern Colorado.
