Efeitos Nocivos do Álcool nas Fibras Musculares e Desempenho Atlético

Uma pesquisa recente confirma que apenas um brinde ocasional de álcool no fim de semana pode reduzir significativamente as fibras musculares e resultados de desempenho atlético que você treinou na academia.

Células do fígado morrem, o corpo sofre alterações hormonais que incluem um aumento na secreção adrenal de hormônios esteroides. Adiciona a isso um profundo efeito sobre os níveis de glicose, massa óssea e do metabolismo muscular.

Isso explica grande parte das miopatias (doenças musculares), uma consequência típica do consumo de álcool por alcoólatras.

Embora incidindo sobre a alteração das fibras musculares para o desempenho atlético, o álcool tem efeitos prejudiciais sobre a multiplicidade de níveis fisiológicos.

Os cientistas concluíram que, logo 24 horas depois de uma bebedeira de fim de semana, as fibras musculares de "contração rápida" que tentam se desenvolver (supercompensar) por conta do treinamento de peso, são mais suscetíveis na redução da síntese proteica basal em 15% a 20%, e durante 72 horas de 30% a 60%.

O álcool aumenta a miostatina e temporariamente congela o crescimento muscular (hipertrofia muscular) anulando efeitos anabólicos e catabólicos da insulina.

O álcool reduz a proporção de andrógenos em homens e mulheres, prejudica particularmente a força em treinamento intervalado intenso e na recuperação (ressíntese do glicogênio pós-treino).

Enquanto luta contra a ressaca, o corpo vai passar por uma tendência oposta na conquista da hipertrofia muscular e desempenho atlético em geral.

Pesquisa: Nutrition & Metabolism (Bianco. 2014) owww.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4056249/

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Considero interessante todas as evidências científicas e não serei radical ao consumo moderado de álcool para a maioria das pessoas, fato é que, principalmente quando falamos de atletas onde todos os detalhes importam, o consumo de álcool parece afetar a performance, logo, cada cabeça a sua sentença.

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Prof. VLADMIR SANTOS (Personal Trainer e Fisiologista do Exercício, USP e UNIFESP-Escola Paulista de Medicina)

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