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Tratando a Obesidade da Forma Adequada (Informe, motive, ajude quem tem o problema)

  • vladsa15
  • 9 de ago. de 2014
  • 4 min de leitura

O tema obesidade ou excesso de peso é bem difundido e, mesmo assim, ainda mal tratado.

É confortável para a maioria das pessoas desconsiderar o problema, ou ainda, resolver de forma apelativa.

É comum vermos revistas comerciais venderem as “dietas milagrosas”, ou “as das celebridades”, como sendo a solução dos problemas. Infelizmente, não é raro vermos profissionais que atuam na área do ‘emagrecimento’, vendendo soluções “marqueteiras”, onde até há a perda de peso, mas à custa de outros aspectos nocivos à saúde (distúrbio do sono, perda da concentração, irritabilidade, fraqueza, baixa imunidade, etc), além do que, pesquisas apontam que a perda excessiva de peso em curto espaço de tempo, tanto pode criar os males citados, como também, a maioria das pessoas tende a voltar com o problema depois do peso perdido.

Pessoal, desculpe-me, mas tenho de ser sincero, obesidade é uma doença e deve ser tratada com muita informação, dedicação e respeito tanto da parte da pessoa a ser tratada (a maior parte é a dela), quanto dos profissionais envolvidos no processo.

O ideal é que essa pessoa seja tratada por uma equipe multidisciplinar (endocrinologista, nutricionista, educador físico, psicólogo), que seja competente e trabalhe de forma integrada.

Obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associada a problemas de saúde.

Em alguns casos a obesidade está atrelada a problemas hormonais, mas via de regra, a obesidade é o resultado de diversas dessas interações, nas quais chamam a atenção os aspectos genéticos, ambientais e comportamentais, assim, filhos com ambos os pais obesos apresentam alto risco de obesidade, bem como, determinadas mudanças sociais estimulam o aumento de peso em todo um grupo de pessoas.

O ganho de peso está associado ao desequilíbrio no balanço calórico (consumo de calorias maior do que o gasto).

A obesidade pode provocar sobrecarga na coluna e membros inferiores, apresentando em longo prazo degenerações (artroses) de articulações da coluna, quadril, joelhos e tornozelos, além de doença varicosa superficial e profunda (varizes) com úlceras de repetição e erisipela.

A obesidade é fator de risco para uma série de doenças ou distúrbios que podem ser:

Doenças

· Hipertensão arterial

· Doenças cardiovasculares

· Doenças cerebrovasculares

· Diabetes Mellitus tipo II

· Câncer

· Osteoartrite

Distúrbios

· Distúrbios lipídicos

· Aumento do LDL (Colesterol ruim)

· Diminuição de HDL ("colesterol bom")

· Aumento da insulina

· Intolerância à glicose

· Distúrbios menstruais/Infertilidade

· Apneia do sono

Classificação da obesidade dependendo do segmento corporal no qual há predominância da deposição gordurosa:

  • Obesidade Difusa ou Generalizada, localização generalizada.

  • Obesidade Androide ou Troncular, na qual o paciente apresenta uma forma corporal tendendo a maçã. Está associada com maior deposição de gordura visceral e se relaciona intensamente com alto risco de doenças metabólicas e cardiovasculares.

  • Obesidade Ginecoide, na qual a deposição de gordura predomina ao nível do quadril, fazendo com que o paciente apresente uma forma corporal semelhante a uma pêra. Está associada a um risco maior de artrose e varizes.

Tratamento da Obesidade

O tratamento da obesidade envolve necessariamente:

  • Reeducação alimentar,

  • Aumento da atividade física,

  • Uso de algumas medicações auxiliares (eventualmente, e aceito controvérsia por estudos relatando efeitos adversos),

  • Mudança no padrão do estilo de vida.

Reeducação Alimentar

Redução da ingesta calórica com equilíbrio dos nutrientes de forma adequada ao organismo.

Esse procedimento pode necessitar de suporte emocional ou social, através de tratamentos específicos (psicoterapia individual, em grupo ou familiar).

Dentre as diversas formas de orientação dietética, a mais aceita cientificamente é a dieta hipocalórica balanceada, na qual o paciente receberá uma dieta calculada com quantidades calóricas dependentes de sua atividade física, sendo os alimentos distribuídos em 5 a 6 refeições por dia, com aproximadamente 50 a 60% de carboidratos, 25 a 30% de gorduras e 15 a 20% de proteínas.

Não são recomendadas dietas muito restritas (com menos de 800 calorias, por exemplo), uma vez que essas apresentam riscos metabólicos graves, como alterações metabólicas, acidose e arritmias cardíacas.

Restrição de calorias de forma radical pode provocar perda de memória, dificuldade de racionalização, cognição, perda de humor, irritabilidade, sonolência, cansaço, etc.

Exercícios

É importante considerar que atividade física é qualquer movimento corporal produzido por músculos esqueléticos que resulta em gasto energético e que exercício é uma atividade física planejada e estruturada com o propósito de melhorar ou manter o condicionamento físico.

O exercício apresenta uma série de benefícios para o paciente obeso, melhorando o rendimento do tratamento com dieta. Entre os diversos efeitos se incluem:

  • Aumento da ação da insulina,

  • Melhora do perfil de gorduras,

  • Melhora da sensação de bem-estar e autoestima.

O paciente deve ser orientado a realizar exercícios regulares, pelo menos de 30 a 40 minutos, ao menos 3-4 vezes por semana, inicialmente com baixa intensidade e a seguir moderados.

Cabe ao educador físico (preferencialmente especialista em fisiologia do exercício), montar o programa ideal de treino após examinar o cliente de forma abrangente com entrevista, avaliações (antropométricas, metabólicas, neuromusculares, posturais, etc.), exames e relatórios clínico-médicos e troca de informações junto aos outros profissionais envolvidos no caso.

Prof. Vladmir Santos (Fisiologista do Exercício e Personal Trainer)

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